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Depois do Diagnostico: Conversando com a família

Conversando com a família

Receber o diagnóstico de câncer, não é nada fácil. Por mais que hoje em dia as pessoas tenham um pouco mais de conhecimento sobre o tema, ainda é um TABU, causando um grande impacto psicológico. Em alguns casos, a descoberta é por acaso, estava tudo bem, mas aquele exame de rotina apontou a doença. Tudo passa na cabeça nessa hora, o exame não estava bom, foi trocado, era porque "eu não fiz jejum", era porque "eu estava estressado". Os sentimentos se alternam entre raiva, negação, ansiedade, até, por fim, aceitação. Além de tudo vem as perguntas: como vou contar para os meus familiares? O que eu faço agora? E o meu trabalho?


A NOTÍCIA

  1. Primeiro: Respire. Encha bem os pulmões de ar e solte. Faça isso algumas vezes, tentando manter a mente livre. Pense: você está vivo, você está respirando, vamos em frente com calma. Coisas ruins acontecem, desespero não é a solução e sim mais um problema para você ter que lidar.
  2. Converse com as pessoas que forem mais próximas de você e que você acredite que possam lhe ajudar.  Peça para que o acompanhem nas consultas. Elas ajudam a lembrar e a esclarecer dúvidas. Na hora da consulta, muitos pacientes ficam tão nervosos, que não lembram de perguntar tudo o que queriam saber; um bom acompanhante sempre ajuda nessas horas. Além disso, é bom se sentir cuidado por alguém que você já tenha um vínculo afetivo.
  3. Há pessoas que não desejam contar para a família de imediato. Para essas, falem apenas quando se sentirem confortáveis.
  4. Às vezes, os familiares não suportam o peso da notícia. Família ansiosa não consegue ajudar. Acabam questionando o diagnóstico e as condutas clínicas, gerando tensão e insegurança para o paciente. Todos acabam adoecendo juntos. Em vez de amparar, precisam ser amparados. Nesses casos, uma boa conversa com todos e psicoterapia são mais que indicados.
  5. Não existe idade limite para dar uma notícia de adoecimento por câncer. Há um receio de que os mais idosos não vão suportar, mas, geralmente, eles já sabem e nos surpreendem. Muitos apenas querem evitar um pouco o assunto de frente.

Relacionamentos

As relações após o diagnóstico podem ficar um pouco confusas. Muitas vezes, quando estamos tristes acabamos se fechando e afastando as pessoas que amamos. Cuidado, não façam isso. A doença não deve ser motivo para você amar ou deixar de amar alguém. Converse com o seu companheiro(a), esclareça dúvidas. Isso ajuda muito.

É importante notar que o suporte é importante, mas é necessário encontrar um equilíbrio. O marido ou esposa que se torna super-protetor pode acabar tirando a autonomia do outro.

Alguns tipos de tumor, como mama e próstata, acabam afetando a questão da sexualidade. É muito importante ter consciência disso e ter um diálogo aberto sobre o tema, para não haver ressentimento. Muitas pessoas confundem disfunção erétil ou falta de libido com falta de amor ou paixão. Bobagem, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Muitas vezes esses sintomas estão relacionados a problemas do próprio organismo, devido aos tratamentos, estresse, ansiedade ou depressão. Avalie com calma os seus sentimentos e mantenha um bom e franco diálogo com o seu parceiro(a). A sexualidade pode reduzir, mas a intimidade não!


Filhos

A questão dos filhos é bem delicada, mas é importante eles saberem pelo que você está passando e se prepararem para tudo o que pode vir a acontecer.

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