O diagnóstico precoce possibilita tratamentos menos agressivos e com maior chance de cura.
Quais exames podem ajudar a descobrir o câncer antes dele dar sintomas?
- Câncer de Mama: No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade. Tal medida difere das recomendações atuais do Ministério da Saúde, que preconiza o rastreamento bianual, a partir dos 50 anos, excluindo dos programas de rastreamento uma faixa importante da população (mulheres entre 40-49 anos), responsável por cerca de 15-20% dos casos de câncer de mama.
- Câncer de Colo do Útero: O Ministério da Saúde recomenda o exame citopatológico (Papanicolau) para mulheres entre 25 a 64 anos.
- Câncer de Próstata: Existe uma grande discussão entre as entidades médicas. Pode-se ser realizado através da avaliação do PSA entre os 50-74 anos. Sempre discuta sobre os prós e contras desse exame de rastreamento com o seu médico, visto não haver consenso na literatura.
- Câncer colorretal: Em indivíduos assintomáticos e sem histórico pessoal ou familiar que indique risco aumentado, o exame mínimo indicado é a pesquisa de sangue oculto nas fezes (exame anual). Na ausência de contraindicação e havendo facilidade de acesso, a colonoscopia pode ser realizada como exame de rastreamento inicial (repetida a cada 10 anos, caso não tenha sido observada qualquer alteração no exame anterior).
- Câncer de Pulmão: Muitas sociedades de oncologia, assim como a americana, recomendam Tomografia de baixa dose de radiação anual em pacientes com idade entre 55 e 74 anos, tabagistas atuais ou ex-tabagistas que pararam a menos de 15 anos com história de tabagismo de pelo menos 30 anos/maço*
Exame? Cada um tem o seu!
É extremamente importante discutir com o seu médico quais os exames preventivos você tem indicação de realizar. Para mulheres com risco elevado de câncer de mama, por exemplo, a mamografia, isolada, pode não ser suficiente, sendo necessário complementar com ressonância. Segundo análise da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, a combinação de mamografia com a ressonância magnética acarretou mais detecções precoces e uma maior sobrevida em pacientes de alto risco. Conforme a sua história clínica e familiar, o tempo para iniciar os exames e o tipo de exames podem ser modificado. Esclareça sempre com o seu médico.